Mostra visa à salvaguarda das culturas indígenas e exposições; trabalhos de diferentes etnias indígenas de Minas estão sendo apresentados no interir e nos jardins
Com o objetivo de homenagear as comunidades indígenas e iniciar um importante trabalho de preservação de suas culturas, foi aberta sábado (29/4) a Ocupação Artística Abril Indígena – Demarcando Mentes e Pensamentos, no Palácio da Liberdade, equipamento que integra o Circuito Liberdade.
Essa é uma iniciativa do Governo de Minas, com realização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e da Fundação Clóvis Salgado, em parceria com a APPA – Arte e Cultura e com membros de entidades representativas das comunidades indígenas.
No encontro foi assinado a portaria que formaliza a criação do Grupo de Trabalho para implementação do Programa de Salvaguarda das Culturas Indígenas em Minas Gerais. Também foram inauguradas duas exposições que destacam os trabalhos de artistas indígenas de diferentes etnias do Estado.
Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a criação do Grupo de Trabalho marca um momento de grande relevância para o Estado. ‘Estamos iniciando as etapas de elaboração de um novo programa que visa à proteção e salvaguarda das culturas indígenas a partir de um gesto de respeito, dignidade e justiça pela história dos povos originários”, disse.
Exposições
A Ocupação Artística Abril Indígena reúne obras do acervo museológico da Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais (SBMAE) e também conta com curadoria da assessoria da deputada federal Célia Xakriabá.
A ação propõe uma série de atividades que celebram as histórias e a produção cultural e artística de matriz indígena em Minas Gerais. No Palácio da Liberdade, são apresentadas a mostra fotográfica “Gavião Bateu Asa e Rodopiou a Onça Pintada Cantou e Dançou”, “Canto e Dança do Pajé” e “Mulheres Indígenas Reflorestando Mentes para a Cura da Terra”, de Edgar Kanaykõ, e o cinema de Sueli Maxakali, além de pinturas de artistas indígenas de diversas etnias do Estado.
Também está montada a exposição “Abya Yala”, com 15 estandes para venda de arte indígena, como bonecas, crochês, cestarias, peças em madeira, tecidos e vestimentas, biocolares e acessórios. Artigos dos povos Kambiwá, Pataxó e de povos originários da Bolívia e do Peru também serão contemplados. Além de ser um espaço coletivo para apresentação dos trabalhos e de geração de renda para as famílias, a “Abya Yala” integrará, assim, diferentes culturas.
ARTE INDÍGENA
Ocupação Artística “Abril Indígena – Demarcando mentes e pensamentos”: Celebra as histórias e a produção cultural e artística de matriz indígena em Minas. Quarta a sexta-feira, das 12h às 17h30 (último horário de entrada às 17h) | Sábado e domingo, das 10h às 17h, com último horário de entrada às 16h30. Até 7/5.
Exposição “Abya Yala”: Com estandes para venda de arte indígena, como bonecas, crochês, cestarias, peças em madeira, tecidos, vestimentas, biocolares e acessórios dos povos Kambiwá, Pataxó e de povos originários da Bolívia e do Peru. jardins do Palácio. Quarta a sexta-feira, das 12h às 18h, com encerramento da visita às 18h | Sábado e domingo, das 10h às 18h, com encerramento da visita às 18h. Até 6/5.
Foto: Rodrigo Câmara